domingo, 10 de julho de 2011

Geografia da Baixada

 
Das regiões em que costuma ser dividido o Estado do Rio de Janeiro, é a segunda mais populosa, com mais de três milhões de habitantes, só sendo superada pela capital.
Quanto aos municípios que a compõem, há unanimidade com relação a Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Queimados e Mesquita, todos ao norte da cidade do Rio de Janeiro. Alguns estudiosos também incluem Magé e Guapimirim (a leste), Japeri, Paracambi, Seropédica e Itaguaí (a oeste e noroeste).

Relevo

 Corresponde às terras situadas em geral abaixo de 200m de altitude.

Clima

 Na Baixada Fluminense, domina o clima tropical semi-úmido, com chuvas abundantes no verão e invernos secos.

Vegetação

 O território de Nova Iguaçu abriga 35% de floresta do tipo Mata Atlântica. Dentro desta área estão contidas duas grandes áreas de preservação ambiental: Reserva Biológica do Tinguá, criada em 1989 e a APA(área de proteção ambiental) localizada na Serra de Madureira, também conhecida como Parque Municipal de Nova Iguaçu.

Capela São Matheus

História


Foi fundada em 1637, e construída por escravos e índios. Está localizada na Rua Antônio Cardoso Leal, 241, no Centro.

O prédio histórico foi tombado em 2000 na gestão do prefeito José Carlos Cunha. A Capela já serviu de instalação para uma Clínica na década de 30 e na década de 60 a capela foi utilizada como um núcleo da Legião da Boa Vontade. O templo foi construído a mando do então proprietário da região João Álvares Pereira, em 1637, com barro batido, óleo de baleia e mariscos, essa mistura era chamada de adobe, as telhas usadas na construção eram moldadas nas coxas dos escravos.

Em 1747 a Capela foi transformada em matriz de São João de Meriti. Passou por quatro restaurações em 1747, 1914, 1936 e 1989. Antes da última obra, o prédio se encontrava em ruínas e invadido por 48 pessoas. A Capela em estilo barroco, tem dois salões separados por um arco, isso porque na época da escravatura, os senhores das fazendas ficavam perto do altar e os escravos atrás do arco de barro.

Ao longo do tempo, peças originais, como telhas, a imagem de São Matheus, a pia batismal, o sino, duas cruzes de ferro e o altar-mor, sumiram ou foram destruídas por cupins. Ao redor da igreja existia um cemitério de escravos. Os ossos de 55 negros - a maioria vítima de uma epidemia de cólera em 1855 - encontram-se no Mausoléu do Escravo, inaugurado em 13 de maio de 1988, na gestão do prefeito Jorge David, junto à capela. A área em que a capela esta construída tem cerca de 2.500 metros quadrados, sendo que, destes, 112 metros fazem parte do prédio da igreja.

 

Igreja Nossa Senhora do Iguaçu

História
A primeira sede do município de Nova Iguaçu, era chamado de Iguaçu Velho, é um sítio arqueológico tombado pelo IPHAN e INEPAC.
Torre Sineira da Igreja de Nossa Senhora de Piedade
Nome antigo: Igreja matriz de Nossa Senhora da Piedade, Orago do Iguaçu.
Localizada à margem direita do rio Iguaçu numa planície circundada de pequenos morros, a Igreja de Nossa Senhora da Piedade teve sua origem na capela que o alferes José Dias de Araújo autorizou construir em sua terra, no ano de 1699.

No princípio foi a capela, feita de pau-a-pique e escondida na bonita paisagem, que testemunhou a fé dos primeiros colonos de Iguaçu. Era o lugar para as ladainhas, novenas e festas da padroeira. As celebrações dos sacramentos eram feitos durante as missões e desobrigas. A capela de N. Sra. da Piedade estabelecia, na nova terra, uma referência e garantia uma continuidade. Assim sacralizavam, com os símbolos católicos da cruz e do sino, a terra antes dominada pelos Tupinambás de Iguaçu.
Em 1704, Garcia Rodrigues Paes, filho do bandeirante Fernão Dias Paes Leme "o caçador de esmeraldas", abre o Caminho Novo das minas do ouro, favorecia os povoados do Recôncavo da Guanabara. Situada na rota do ouro, Iguaçu prosperou e em 1719 é elevada a categoria de freguesia com capela curada, ou seja uma capela com cura (padre) residente. Este fato evidencia o reconhecimento, por partes das autoridades coloniais, de uma área de ocupação com potencial econômico.
O ilustre naturalista Auguste de Saint-Hilaire esteve na freguesia de Iguaçu em 1816 e nos deixou este relato: "Iguaçu sede de paróquia não é vila propriamente dita, mas conta com algumas mercearias e armarinhos bem sortidos, bonitas vendas, algumas ferrarias, cujo ofício é aí mais necessário que qualquer outro, por causa da passagem contínua dos tropeiros de Minas Gerais que descem a serra. O rio Iguaçu é navegável desde essa paróquia até a Baía do Rio de Janeiro. Oferece aos fazendeiros da vizinhança caminho cômodo para o transporte de sua produção".

A freguesia de Iguaçu foi beneficiada economicamente pela Estrada Comércio inaugurada em 1822. A estrada vai reativou o comércio e movimentos nos portos do rio Iguaçu. As mercadorias para consumo da Corte e o café para o mercado externo eram transportados no lombo de mulas pela Estrada do Comércio que começava em Iguaçu. Durante o ciclo do café, Iguaçu não se destacou como produtora; porém a compra, a revenda e transporte do café trouxeram progresso para a freguesia. Como fruto do seu desenvolvimento foi criado em 1833, a Vila de Iguaçu formada pelas freguesias de Iguaçu (sede) , Inhomirim, Pilar, Santo Antônio de Jacutinga, São João de Meriti e parte da freguesia de Marapicu que ficava à margem direita do rio Guandu.

Conservação Histórica

Hoje, a torre do campanário é o que resta da Igreja de N. Sra. da Piedade de Iguaçu. A bonita torre clama por uma restauração. É o marco inicial da igreja em Iguaçu, foi palco de grandes acontecimentos históricos. Você pode visitá-la e aproveitar para conhecer a antiga vila Iguaçu. Vá pela estrada Vila de Cava - Tinguá e após a fazenda Sr. Bernardinho, perguntar aos moradores onde fica Iguaçu, a antiga.




Cemitério de Nossa Senhora do Rosario
Ruínas de Iguaçu Velho. Cemitério de Nossa Senhora do Rosário de 1875 e, ao fundo, à esquera, torre sineira da igreja de Nossa Senhora da Piedade (foto de cerca de 1970)
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Ruínas de Iguaçu Velho. Entrada do cemitério de Nossa Senhora do Rosário de 1875 (foto de 2007)
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Entrada do Cemitério Nossa Senhora do Rosário de 1875(foto 2011)

No mesmo local existe o antigo cemitério de Nossa Senhora do Rosário de 1875. O cemitério que fica no cume de uma elevação está em ruínas.

Fazenda São Bento

História

Foi o marco inicial da colonização no Vale do rio Iguaçu, originando-se a partir da doação de terras ao Mosteiro de São Bento pela Marquesa Ferreira, em 1596.
Inicialmente, os monges beneditinos ergueram uma capela dedicada a Nossa Senhora das Candeias. No século XVIII, as terras passaram para as mãos da irmandade de N.Sra. do Rosário dos Homens Pretos.
A casa grande foi construída anexa à capela entre 1754 e 1757, constituindo um convento para abrigar padres em descanso ou afastados do sacerdócio. Era também sede da grande fazenda de São Bento, cuja atividade econômica baseava-se na produção de farinha e fabricação de tijolos.
Em 1921, o terreno foi desapropriado para sediar uma colônia agrícola.
 
Conservação Histórica
 
Em 1993, a capela desabou e hoje, em ruínas, funciona precariamente em parte do casarão o Patronato São Bento, com apenas uma escola primária e algumas oficinas de trabalho escolar mantidas pela Diocese de Duque de Caxias.

A importância religiosa, cultural e por não dizer econômica, que representou a Fazenda e Mosteiro de São Bento para as pragas da Baixada Fluminense, torna-se aos nossos olhos e sentimentos pátrios um crime extremamente trágico e hediondo ao patrimônio e à memória do povo da baixada.

Igreja do Pilar

História
A igreja foi construída na primeira metade do século XVIII, e era ponto de referência para o começo do Caminho Novo das Minas, aberto por Garcia Pais durante o apogeu do ciclo do ouro. Pilar conheceu grandes momentos de opulência econômica, com a criação de um porto do mesmo nome foi bastante utilizado. D. Pedro I costumava utilizar o porto quando seguia em viagem do Rio de Janeiro até Petrópolis. Afluente do Rio Iguaçu, o rio Pilar recebia e despachava embarcações do Rio de Janeiro. Os carregamentos de ouro no Porto de Pilar foram tão intensos e importantes para a corte, que esta fez construir aí um "registro" para fiscalização dos quintos.
A decadência de Pilar deu-se por epidemias de febres palustres, causadas pelo desmatamento, assoreamento dos rios e consequente formação de pântanos, que facilitaram a criação de vetores da doença (mosquitos). Entre 1833 e 1835 houve centenas de vítimas.

Conservação Histórica

Encontra-se atualmente em condição razoável de conservação. A sua importância histórica é pouco entendida pela população de baixa renda que vive nos seus arredores.
No dia 12 de outubro de todo ano, as paróquias da diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti se reúnem, e partem em romaria para celebrar missa para a padroeira do Brasil, Nossa Senhora da Conceição Aparecida, em uma área situada em frente à igreja.

Fazenda São Bernardino

História


Situada entre Vila de Cava e Tinguá, a Fazenda São Bernardino foi construída em 1875 pelo português Bernardino José de Souza e Melo. Tombada pelo Patrimônio Histórico em 1951, ela contava com cavalariças, garagem para carruagens, senzalas, habitações para escravos domésticos e engenhos de cana e mandioca;a fazenda foi vendida ao italiano,JGiacomo Gavazzi, em 1917 .
Conservação Histórica

 Foi destruída por um incêndio na década de 1980,a prefeitura de Nova iguaçu queria transforma-la em um museo pois na casa havia muitas peças do seculo XIX, com esse incendio os planos foram por agua abaixo. 
O que restou daquele potentado neoclássico, que produzia açúcar, farinha de mandioca, café e carvão, foi retalhado por um assentamento de sem-terra.


Foto do trabalho dos bombeiros durante o incêdio e o casarão em chamas.

Engenho do Brejo

História

O atual território de Belford Roxo era habitado anteriormente pelos índios Jacutingas.
Alguns anos após a expulsão dos franceses, o Governador do Rio de Janeiro Cristóvão de Barros concede ao Capitão Belchior de Azeredo uma sesmaria às margens do rio Sarapuí, na antiga aldeia dos índios Jacutingas. Neste local, ele funda o Engenho de Santo Antônio de Jacutinga - atual município de Belford Roxo - e uma ermida para Santo Antônio é construída na encosta de uma colina a 750 metros da margem do Rio Sarapuí, próximo ao local estabelecido para atividades portuárias.o Engenho de Santo Antônio de Jacutinga é desmembrado, surgindo, então, o Engenho Maxambomba (Nova Iguaçu) e Engenho do Poce (da Posse). No século XVIII um novo desmembramento (desta vez nas terras do Engenho do Maxambomba) faz surgir o Engenho Caxoeira (Mesquita).
Em meados do mesmo século XVIII, as terras do Engenho Santo Antônio voltam a ser desmembradas para formação de novos Engenhos: do Brejo e do Sarapuí. E no mesmo período as terras do Engenho Maxambomba foram desmembradas para formação do Engenho do Madureira (Bairro de Nova Iguaçu).
A Baixada Fluminense é cortada pelo rio Sarapuí e é cercada por pântanos e brejais. Possuía em sua margem um porto para escoamento da produção: açúcar, arroz, feijão, milho, e aguardente.
Na segunda metade do século XIX a fazenda entrou em decadência devido a um surto de epidemias.
O assentamento dos trilhos para a passagem da estrada de ferro Rio d'Ouro cortando a fazenda do Brejo em 1872, em terras doadas pelos descendentes de Coelho da Rocha, deram início a um movimento de reivindicação para transformá-la em linha de trem de passageiros, pois anteriormente esta ferrovia foi construída para a captação de água nas serras do Tinguá, Rio d'Ouro e São Pedro, com colocação de aquedutos ao longo de sua margem.

O "milagre das águas"

Em 1888, uma grande estiagem arrasa com a Baixada Fluminense. A Côrte também ficou sem água e Dom Pedro II ficou preocupado. A proposta que agradou a Dom Pedro II foi a do engenheiro Paulo de Frontin. Na proposta, o engenheiro se comprometia à captar 15 milhões de litros de água para a Côrte em apenas seis dias. Ele conseguiu e esse fato ficou conhecido como "milagre das águas".
O engenheiro Paulo de Frontin tinha um grande amigo e colaborador, um outro engenheiro maranhense que muito trabalhou a serviço dessas obras de abastecimento de água para o Rio de Janeiro, que se chamava Raimundo Teixeira Belfort Roxo , e que um ano depois veio a falecer. O Brejo, uma pequena vila depois de se chamar de Ipueras, Calhamaço Brejo, passa a chamar-se Belford Roxo, em homenagem a esse ilustre engenheiro.

Conservação Histórica

Hoje no local só existe um prédio em ruínas ,que não reflete a importância que teve no passado.

Geografia

Clima
Seu clima é tropical com temperatura média de 22°C. A menor temperatura registrada na cidade foi seis graus centígrados em julho de 2000 e a maior, a de 44°C.
Vegetação
Sua vegetação original era formada por brejos, como em toda a baixada Fluminense. O prefeito Alcides Rolim criou uma unidade de conservação em Belford Roxo, a APA Maringá-Recantus, com 4,7 quilômetros quadrado, no norte do município.
Fauna
Sua fauna é escassa, mas encontramos animais como garças-brancas, andorinhas, urubus, lagartos, cobras, gambás, gaviões, pombos, furões, pacas, preás, corujas etc.
Hidrografia
Os rios de Belford Roxo pertencem à bacia hidrográfica do Iguaçu/Sarapuí. Os principais rios são: Botas, Iguaçu, Outeiro, Velhas, Maxambomba e Sarapuí.
Relevo
O relevo é suavemente acidentado, com muitos morros. A altitude máxima é de aproximadamente 130 metros.